A vida é maravilhosa. Nosso planeta tem lugares incríveis. Enfim, tudo para sermos felizes. Mas a rotina agitada e estressante da vida moderna, somada ainda ao agravante desta pandemia, gera cada vez mais casos de depressão e que podem levar até ao suicídio. Ídolos do rock que sempre adoramos passaram por isso. E não tem país, raça, sexo ou condição social. Atinge todas as camadas. Por isso, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano. Para se ter uma idéia, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de drogas. E Setembro Amarelo é justamente o momento da conscientização em relação a isso e como podemos não só ter uma vida melhor e mais feliz, como também, o próximo. Afinal, a vida tem que ser aproveitada em todas as cores!
Casos de depressão aumentam na Quarentena
Um estudo feito pelo Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou que os casos de depressão praticamente dobraram desde o ínicio da quarentena. Entre março e abril, dados coletados online indicam que o percentual de pessoas com depressão saltou de 4,2% para 8,0%, enquanto para os quadros de ansiedade o índice foi de 8,7% para 14,9%.
Os dados revelam o adoecimento da saúde mental dos brasileiros durante o período de isolamento social devido à Covid-19. Assim que houve o decreto estabelecendo a quarentena no Rio de Janeiro, foi feito um primeiro levantamento entre 16 e 21 de março e depois foi comparado com uma segunda amostra da última semana de abril. Com isso, chegou-se a dados bastante impactantes do ponto de vista do adoecimento da saúde mental e também quais são as variáveis envolvidas. Ao contrário do que pensamos, pessoas no confinamento não tendem a adoecer mais mentalmente. Aquelas que precisam sair de casa para trabalhar diariamente foram as que apresentaram os maiores níveis de adoecimento mental.
Dicas para evitar o estresse e a depressão
- Durma bem e, em média, oito horas por dia. Além de evitar o estresse, dormir melhora o rendimento cognitivo e ajuda a memória;
- Alimente-se de forma saudável. Alimentos ricos em cafeína, por exemplo, podem aumentar os níveis de estresse;
- Pratique atividades físicas. Essa medida, além de melhorar o condicionamento físico, ajuda a descarregar o estresse;
- Descubra o que lhe estressa e evite essas situações. Se o trânsito lhe causa incômodo, procure sair em outros horários e experimente novos caminhos. Sair 20 minutos antes da sua casa, por exemplo, pode evitar uma dor de cabeça durante o dia;
- Tente encarar os problemas de frente. Algumas situações, infelizmente, não têm solução. Assim sendo, prepare-se para o inevitável de maneira positiva e forte;
- Sempre que possível, tire um momento para passar um tempo ao lado das pessoas amadas. A vida pessoal também merece atenção, portanto, reserve um momento para o lazer;
- Seja realista e não se preocupe demasiadamente com as coisas que podem ocorrer no futuro. Os problemas podem ser muito mais fáceis de solucionar do que você imagina. Negatividade pode aumentar os níveis de estresse;
- Repense as relações familiares, amorosas e com os amigos. Algumas relações não são saudáveis e podem piorar as situações de estresse;
- Seja positivo e acredite em seu potencial. Pessoas que acreditam em si mesmas estão menos propensas a estresse e depressão;
- Quando não se sentir bem, lembre-se sempre de procurar ajuda médica e não sinta vergonha de procurar um psicólogo. Ignorar o estresse pode ser uma péssima decisão.
Se precisar de ajuda, não deixe de buscar pelo número do Centro de Valorização da Vida, 188.